sábado, 30 de abril de 2011

Comissão Especial define prazo para apresentação de emendas ao PNE

A Comissão Especial do PL 8035/2010 Plano Nacional de Educação se reuniu pela primeira vez desde a instalação, no último dia 13. Os deputados traçaram os caminhos que devem seguir para análise do Projeto e definiram o período para apresentação de emendas. Será entre os dias 20 de maio e 15 de junho. Saiba mais sobre as emendas elaboradas pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação. 

O relator da comissão, deputado Angelo Vanhoni (PT/PR), expôs a ideia de que sejam realizadas audiências públicas nos estados, na Câmara dos Deputados e Seminários, também na Câmara.

Ficou acertado que os deputados da Comissão se dividam, de acordo com o estado que representam para, juntos, apresentar datas para as audiências nas capitais. Preferencialmente nas Assembléias Legislativas. A intenção é que as populações dos estados se engajem ao tema. Também foram determinadas quatro audiências públicas. A primeira, no dia 11 de maio, com o tema Qualidade. A segunda, no dia 18 de maio, para tratar exclusivamente de Expansão e Universalização. A terceira, também em maio, no dia 25. Esta terá o tema Financiamento. A quarta e última audiência pública já acordada será em junho, em data não definida, para tratar de Gestão.

Mesmo com essas audiências públicas definidas, os deputados poderão apresentar pedidos de novas audiências, com temas diferentes, para aprovação da Comissão. Já foi cogitada, por exemplo, uma audiência pública na Câmara para tratar do Piso Salarial Nacional dos professores e um requerimento para que sejam realizadas audiências nas principais cidades de alguns estados. Pedidos como estes serão analisados hoje (27/04), na Comissão.

Além das datas das audiências públicas, os deputados definiram quando serão realizadas os dois Seminários propostos. Dias primeiro e oito de junho. Um deles deverá ouvir especialistas na área de educação sobre o PNE e outro para ouvir pessoas ou entidades que queiram participar do debate. A Undime foi citada várias vezes pelos deputados, quando falavam da importância da participação da sociedade organizada do setor. 

A deputada Fátima Bezerra (PT/RN), que preside a Comissão de Educação e faz parte da Comissão Especial, levantou a possibilidade de que o relatório do PNE seja votado, em caráter terminativo, até o mês de agosto. Depois disso, o texto segue direto para o Senado. Mas esse tempo pré-estabelecido foi questionado por alguns parlamentares. Disseram que tudo vai depender do trabalho do relator que, por sua vez, vai ter de esperar o resultado das audiências públicas e dos seminários. Por isso, segundo eles, não há como prever quando o relatório será votado. De qualquer forma, os deputados decidiram conversar com o Senado sobre o PNE ao mesmo tempo que analisam o PL. Isso, para quando o texto sair da Câmara, os senadores já tenham ideia do que vão votar. E, por isso,  teoricamente, teriam menos problemas para aprovação ou apresentação de novas emendas.

Fonte: Undime.

29/04/2011 - Financiamento e falta de diagnóstico marcam discussões na Comissão Especial do PNEA Comissão Especial do Plano Nacional de Educação reuniu 29 deputados na tarde desta quarta-feira para aprovar requerimentos e conhecer detalhes do PL 8035/2010. A Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados esmiuçou as 20 metas estabelecidas pelo Ministério da Educação no Plano, de forma didática, e tirou dúvidas dos parlamentares. As principais discussões ficaram em torno do financiamento e da falta de um diagnóstico do PNE. O presidente da Comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB/MA), falou sobre este problema. E mandou um recado a técnicos do MEC que assistiam à reunião. "Eu quero fazer um apelo aos representantes do Ministério da Educação. Há uma solicitação nesse sentido (de apresentação de um diagnóstico pelo ministério) do deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB/RS) e que vai completar seis meses sem o Ministério da Educação se pronunciar". Os deputados entendem que o trabalho da Comissão só será possível depois da apresentação deste diagnóstico, ou seja, um documento que detalhe a atual situação da educação brasileira, com os avanços alcançados, ou não, depois da adoção do PNE 2001/2010. Isso iria nortear os trabalhos, como ponto de partida. Segundo do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), é grave a inexistência do documento. "A proposta do Plano Nacional de Educação para um país com dimensões continentais como o Brasil, não só deve-se iniciar com um diagnóstico, mas com vários. Deve fundamentar, do ponto de vista filosófico, o papel da educação na sociedade, o papel na escola. Não há qualquer referência (no PL apresentado pelo MEC) ao papel do Plano Nacional de Educação em um projeto estratégico de nação brasileira para os brasileiros e para o mundo". Mas o tema mais debatido foi o financiamento, previsto na meta 20 do Projeto de Lei do PNE:"Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de sete por cento do produto interno bruto do País". O consultor legislativo Ricardo Chaves Rezende Martins e os deputados disseram sentir falta de um apontamento da responsabilidade de cada ente da federação para o financiamento. Segundo eles, o texto deve indicar qual será a participação dos governos federal, estaduais e municipais. Há uma desproporcionalidade entre um e outro. Enquanto a União arca com 1,2% do total, os estados bancam 2,4%, e os municípios, 2,2% da conta (dados de 2009). A ideia é desonerar os municípios com uma fatia maior para a União. O percentual de 7% também foi questionado e promete ser um dos principais temas a ser discutidos pela Comissão. "Para a gente fechar essa conta (do financiamento do PNE), vamos ter de, após um bom estudo que nós vamos fazer, chegar a um entendimento de qual é o financiamento necessário para as metas que a gente vai colocar no novo Plano Nacional de Educação", afirmou a deputada Fátima Bezerra (PT/RN). Para o deputado Paulo Rubem Santiago, a Comissão Especial deve se aprofundar na discussão do financiamento. Segundo ele, os deputados não podem se ater apenas ao percentual que o Plano deve estipular. "Eu não aceito discutir um financiamento do Plano Nacional de Educação se não discutirmos a reorientação de um pacto da política macroeconômica que transfere renda à sociedade prometendo imediatismo e que não está nem aí para escola pública porque o seu filho estuda em escola privada." Já o deputado Newton Lima (PT/SP) diz que a discussão não pode ficar apenas entre o Ministério da Educação, organizações ligadas à educação, sociedade e Congresso Nacional. Ele protocolou um requerimento para que a Comissão ouça três ministros; Das Comunicações: "nós precisamos discutir como a banda larga vai, de fato, conversar com o Plano Nacional de Educação. É, na minha opinião, um instrumento importante e deve se transformar em meta". Da Ciência e Tecnologia: "É indispensável dizer a importância do ministro da Ciência e Tecnologia na discussão do PNE." E da Cultura: "Precisamos conhecer, do Ministério da Cultura, como vê o PNE nas suas 20 metas. Penso que, com isso, estaremos enriquecendo o trabalho", disse o deputado. A Comissão irá se reunir todas as quartas-feiras, sempre às 14h30. Fonte: Undime.

A Comissão Especial do Plano Nacional de Educação reuniu 29 deputados na tarde desta quarta-feira para aprovar requerimentos e conhecer detalhes do PL 8035/2010. A Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados esmiuçou as 20 metas estabelecidas pelo Ministério da Educação no Plano, de forma didática, e tirou dúvidas dos parlamentares. As principais discussões ficaram em torno do financiamento e da falta de um diagnóstico do PNE.

O presidente da Comissão, deputado Gastão Vieira (PMDB/MA), falou sobre este problema. E mandou um recado a técnicos do MEC que assistiam à reunião. "Eu quero fazer um apelo aos representantes do Ministério da Educação. Há uma solicitação nesse sentido (de apresentação de um diagnóstico pelo ministério) do deputado Nelson Marchezan Junior (PSDB/RS) e que vai completar seis meses sem o Ministério da Educação se pronunciar".

Os deputados entendem que o trabalho da Comissão só será possível depois da apresentação deste diagnóstico, ou seja, um documento que detalhe a atual situação da educação brasileira, com os avanços alcançados, ou não, depois da adoção do PNE 2001/2010. Isso iria nortear os trabalhos, como ponto de partida. 

Segundo do deputado Paulo Rubem Santiago (PDT/PE), é grave a inexistência do documento. "A proposta do Plano Nacional de Educação para um país com dimensões continentais como o Brasil, não só deve-se iniciar com um diagnóstico, mas com vários. Deve fundamentar, do ponto de vista filosófico, o papel da educação na sociedade, o papel na escola. Não há qualquer referência (no PL apresentado pelo MEC) ao papel do Plano Nacional de Educação em um projeto estratégico de nação brasileira para os brasileiros e para o mundo". 

Mas o tema mais debatido foi o financiamento, previsto na meta 20 do Projeto de Lei do PNE:"Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de sete por cento do produto interno bruto do País". O consultor legislativo Ricardo Chaves Rezende Martins e os deputados disseram sentir falta de um apontamento da responsabilidade de cada ente da federação para o financiamento. Segundo eles, o texto deve indicar qual será a participação dos governos federal, estaduais e municipais. Há uma desproporcionalidade entre um e outro. Enquanto a União arca com 1,2% do total, os estados bancam 2,4%, e os municípios, 2,2% da conta (dados de 2009). A ideia é desonerar os municípios com uma fatia maior para a União.

O percentual de 7% também foi questionado e promete ser um dos principais temas a ser discutidos pela Comissão. "Para a gente fechar essa conta (do financiamento do PNE), vamos ter de, após um bom estudo que nós vamos fazer, chegar a um entendimento de qual é o financiamento necessário para as metas que a gente vai colocar no novo Plano Nacional de Educação", afirmou a deputada Fátima Bezerra (PT/RN). 

Para o deputado Paulo Rubem Santiago, a Comissão Especial deve se aprofundar na discussão do financiamento. Segundo ele, os deputados não podem se ater apenas ao percentual que o Plano deve estipular. "Eu não aceito discutir um financiamento do Plano Nacional de Educação se não discutirmos a reorientação de um pacto da política macroeconômica que transfere renda à sociedade prometendo imediatismo e que não está nem aí para escola pública porque o seu filho estuda em escola privada." 

Já o deputado Newton Lima (PT/SP) diz que a discussão não pode ficar apenas entre o Ministério da Educação, organizações ligadas à educação, sociedade e Congresso Nacional. Ele protocolou um requerimento para que a Comissão ouça três ministros;

Das Comunicações: "nós precisamos discutir como a banda larga vai, de fato, conversar com o Plano Nacional de Educação. É, na minha opinião, um instrumento importante e deve se transformar em meta".

Da Ciência e Tecnologia: "É indispensável dizer a importância do ministro da Ciência e Tecnologia na discussão do PNE."

E da Cultura: "Precisamos conhecer, do Ministério da Cultura, como vê o PNE nas suas 20 metas. Penso que, com isso, estaremos enriquecendo o trabalho", disse o deputado.

A Comissão irá se reunir todas as quartas-feiras, sempre às 14h30.

Fonte: Undime.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Unesp lança site com livros gratuitos para download

Literatura, geografia, música, teatro e psicologia estão entre temas abordados

da redação | 27/04/2011 12h 30
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançou hoje (27) um site com 50 livros digitais inéditos para download gratuito. Os livros podem ser baixados no site Cultura Acadêmica.
O portal da pró-reitoria de pós-graduação da Unesp oferece somente livros da editora Cultura Acadêmica, da própria Unesp. É preciso fazer um cadastro para poder baixar os livros, mas tudo é gratuito.
Os temas vão desde literatura e comunicação até Psicologia e Geografia. Veja a lista completa de livros.

Fundação premia projetos que promovem uso pedagógico das tecnologias de informação

Educarede recebe, até 2 de maio, inscrições para concurso internacional promovido pela Fundação Telefônica. O Prêmio Internacional EducaRede busca incentivar o trabalho de equipe no uso de tecnologias de informação em sala de aula.
Estudantes e professores podem participar do concurso enviando projetos com ferramentas pedagógicas como “blogs, wikis, trabalhos com Google docs, canais de podcast ou de YouTube, além de usos didáticos das redes sociais e mais”.
O Prêmio Internacional EducaRede tem a finalidade de promover o uso pedagógico das tecnologias de informação, buscar conscientizar a comunidade educativa sobre o valor potencial destas tecnologias, colocar a seu alcance iniciativas e atividades relacionadas com esses objetivos e reconhecer o esforço do professorado por introduzi-las nos processos de ensino e aprendizagem.
Para participar acesse www.educared.org/premiointernacional.
Mais informações:
E-mail: premiointernacional@educared.org
Skype: certamen.educared
MSN: premiointernacional
Com informações da assessoria de imprensa

terça-feira, 26 de abril de 2011

Meio e Linguagem

Meio e Linguagem
Se há um ramo fervilhante na ciência hoje, é o da linguística. É incrível como essa disciplina, até alguns anos atrás um bastião das humanidades, estrategicamente encravada nos departamentos de letras das universidades, se tornou uma ciência dura, capaz de, no melhor estilo popperiano, produzir previsões falseáveis e que comporta sofisticadas análises estatísticas. Beneficiária direta de avanços em dois dos mais dinâmicos ramos do saber --a neurociência e a computação--, a linguística se tornou frequentadora contumaz das principais revistas científicas. Na semana passada, ela marcava presença tanto na "Nature", com um artigo de Michael Dunn sobre a ordem das palavras em várias famílias de idiomas, e na "Science", com um trabalho de Quentin Atkinson sugestivo de que a linguagem humana surgiu na África.
Mais tarde volto a esses trabalhos. Antes, acho importante mencionar que um dos principais responsáveis pela conversão da linguística em ciência dura foi Noam Chomsky (1928 -), com sua teoria da Gramática Universal, segundo a qual seres humanos já nascem equipados com um "hardware" linguístico em seus cérebros, isto é, geneticamente dotados de alguns princípios gramaticais comuns a todos os idiomas.
Há de fato boas evidências em favor da tese. A mais forte delas é o fato de que a linguagem é um universal humano. Não há povo sobre a terra que não tenha desenvolvido uma, diferentemente da escrita, que foi "criada" de forma independente não mais do que meia dúzia de vezes em toda a história da humanidade.
Também diferentemente da escrita, que precisa ser ensinada, basta colocar uma criança em contato com um idioma para que ela o aprenda quase sozinha. Mais até, o fenômeno das línguas crioulas mostra que pessoas expostas a pídgins (jargões comerciais normalmente falados em portos e que misturam vários idiomas) acabam desenvolvendo, no espaço de uma geração, uma gramática para essa nova linguagem, como mostram os trabalhos de Derek Bickerton. Outra prova curiosa é a constatação de que bebês surdos-mudos "balbuciam" com as mãos exatamente como o fazem com a voz as crianças falantes.
O principal argumento lógico usado por Chomsky em favor do inatismo linguístico é o chamado Pots, sigla inglesa para "pobreza do estímulo" (poverty of the stimulus). Em grandes linhas, ele reza que as línguas naturais apresentam padrões que não poderiam ser aprendidos apenas por exemplos positivos, isto é, pelas sentenças "corretas" às quais as crianças são expostas. Para adquirir o domínio sobre o idioma elas teriam também de ser apresentadas a contraexemplos, ou seja, a frases sem sentido gramatical, o que raramente ocorre. Como é fato que os pequeninos desenvolvem a fala praticamente sozinhos, Chomsky conclui que já nascem com uma capacidade inata para o aprendizado linguístico, um instinto da linguagem.
Embora essa teoria jamais tenha tido aceitação incondicional, ela se tornou o "mainstream" na linguística norte-americana. Mesmo os que discordam do modelo ou colocam ênfase em outros pontos acabam tendo de dialogar nos termos colocados pelos gerativistas, como são conhecidos os linguistas que embarcaram nos programas de pesquisa levantados pela Gramática Universal.
Os dois trabalhos publicados na semana passada, como muitos outros, lançam desafios ao modelo chomskyano. Comecemos pelo mais simples --e menos problemático--, que é o de Atkinson. Esse pesquisador da Universidade de Auckland trabalha com a ideia de que línguas se comportam como seres vivos. Partindo da hipótese de que, a exemplo do que ocorre com populações animais, que têm seu "pool" genético reduzido pelo isolamento, idiomas têm seu repertório de fonemas empobrecido à medida que se afastam de seu local (e população) de origem. Testou 504 línguas e concluiu que a origem mais provável para todas elas era algum ponto da África meridional.
A linha-dura chomskyana, notadamente o linguista Mark Lieberman, questiona não só as premissas como também os resultados de Atkinson. O ponto central da discórdia é a forma de computar a diversidade fonêmica. A questão não é trivial, em especial quando se considera que a estrutura de sons de um idioma pode ser fruto tanto de uma herança quanto de uma inovação da própria língua. A analogia entre idioma e ser vivo só funciona até certo ponto.
De toda maneira, mesmo que chegássemos à extraordinária conclusão de que a língua humana surgiu uma única vez na África e daí foi exportada para todas as regiões do planeta, isso não constituiria um golpe fatal na Gramática Universal. É verdade que seria mais elegante para a teoria se idiomas tivessem múltiplas origens independentes umas das outras, mas os pressupostos do modelo não dependem disso. A universalidade da linguagem e o Pots continuariam vivos --e bem.
O artigo de Dunn, pesquisador do Instituto Max Planck de Psicolinguística, da Holanda, é mais complicado. Um dos pontos centrais do programa chomskyano tem sido o de que a sintaxe em qualquer idioma obedece a alguns parâmetros inatos, isto é, a restrições impostas pela Gramática Universal, que se materializam na ordem em que as palavras aparecem. Um exemplo: se o idioma é do tipo SVO (em que que sujeito costuma aparecer antes do verbo, o qual, por sua vez, antecede o objeto), então nele ocorrem preposições (termos como "para", "em", "sobre" são colocadas antes do substantivo que modificam). Se ele é SOV (sujeito, objeto, verbo), então temos posposições (os equivalentes de "para", "em", "sobre" vêm depois do substantivo). Versões mais "light" do modelo, como a proposta por Joseph Greenberg, trocam as restrições absolutas por tendências estatísticas.
O que Dunn fez foi estudar as correlações possíveis entre oito generalizações desse tipo em vários idiomas e descobriu que elas são significativas dentro de cada uma das quatro famílias linguísticas estudadas, mas não entre as linhagens, isto é, de forma universal. É um belo golpe contra o modelo chomskyano, em suas versões fortes ou fracas. O fato de o vínculo ser observado apenas dentro de cada família sugere que a estrutura profunda das línguas não é determinada por parâmetros universais, mas pela evolução cultural.
Os gerativistas estão certamente preparando sua artilharia. Sempre irônico, Lieberman já disse que achou o estudo muito interessante, mas duvida de seus resultados. As próximas semanas deverão ser agitadas nos blogs de linguística. Pelo que pude antever, a discussão terá altos teores de estatística, o que a tornará meio metafísica para nós, mortais comuns.
E esses são apenas os mais recentes numa série de ataques que o modelo vem recebendo. Em 2005, Daniel Everett um ex-missionário e linguista que trabalha com a tribo dos pirahãs, na Amazônia, relatou uma série de peculiaridades no idioma que desafiam pontos-chave da Gramática Universal. Eles não têm, por exemplo, palavras para cores, nem tempos verbais e só contam até três. A língua pirahã também desconheceria a recursividade, isto é, a capacidade de formar um número potencialmente infinito de sentenças encaixando uma frase na outra. Chomsky chamou Everett, seu ex-protegido, de charlatão. Foi um bafafá.
De modo mais equilibrado e baseados em novas e interessantíssimas pesquisas, linguistas como Lera Boroditsky e Guy Deutscher têm defendido que a linguagem é capaz de moldar o pensamento. Eles recolocam, ainda que de forma extremamente atenuada, quase razoável, a velha hipótese Sapir-Whorf, que era anátema nos meios chomskyanos. Se um dia faltar assunto, comento o delicioso livro de Deutscher.
O paradigma da Gramática Universal está em crise? A pergunta é boa, mas difícil de responder. Não podemos, é claro, descartar a hipótese de que o modelo sucumba ao peso de evidências devastadoras e venha a ser eventualmente substituído. Mas outra possibilidade, que me parece bem mais provável, é que a parte mais substancial da teoria sobreviva aos ataques e deles saia mais robusta, ainda que seja forçada a sacrificar algo do inatismo em favor de mais de espaço para características culturais. Seja como for, estamos diante da ciência em ação. É um contraste e tanto com o marasmo que vem notabilizando as ciências humanas nos últimos tempos.
 
Hélio Schwartsman, 44 anos, é articulista da Folha. Bacharel em filosofia, publicou "Aquilae Titicans - O Segredo de Avicena - Uma Aventura no Afeganistão" em 2001. Escreve para a Folha.com.

SURDOS< SURDEZ

Pereira, Maria Cristina da Cunha & Maria Inês da Silva Vieira. Bilinguismo e Educação de surdos. Revista Intercâmbio , volume XIX: 62-67, 2009.
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Editora ARARA AZUL Ltda Rua das Acácias, 20 - Vale da União - Araras - Petrópolis / RJ CEP: 25725-020 - Telefax: (24) 2225.1947 / E-mail: editora@uninet.com.br Nota: Este texto, de ...
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139 PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 24, n. Especial, p. 139-152, jul./dez. 2006 http://www.perspectiva.ufsc.br Análise das estratégias e recursos "surdos" utilizados por uma ...
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FONTE: e-mail de Eliane Maciel

Inclusão escolar ainda deixa muitos de fora

Inclusão escolar ainda deixa muitos de fora

Publicação: 06 de Março de 2011
Sara Vasconcelos  - Repórter

Inclusão. No Dicionário Aurélio a definição é simples: “Ato ou efeito de incluir”.  Mas quando associada ao termo “escolar”, o verbete ganha uma conotação complexa, ancorada nas muitas precariedades do sistema nacional de educação: escolas inadequadas, profissionais sem capacitação e, pior, preconceito. E se para incluir no ambiente escolar é preciso transpor barreiras e penetrar num mundo fechado e silencioso, como é o dos autistas, a simplicidade da descrição citada lá do início não expressa a realidade enfrentada por pais e alunos especiais que buscam vaga em escolas regulares.

 
Garantia de inclusão de crianças autistas na rede de ensino - pública ou privada - não sai do papel
 
Narjara Cristina Cardoso Pessoa, mãe de Iago, sete anos, portador de autismo, sabe bem a diferença entre a teoria e a prática. Pela lei número 7.853, de 24 de outubro de 1989, que versa sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou intelectual é  crime punível com reclusão de  um a quatro anos e multa “recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta”.
Mas, embora assegurada pela legislação, a vida escolar do filho começou bem tumultuada.  Aos quatro anos, matriculado no jardim 1, em escola da rede privada, Iago  foi vítima de maus tratos pela professora que perdia a paciência quando ele não a obedecia. O que era considerado ‘desobediência’, na verdade, se trata de uma característica do autismo: a dificuldade em atender comandos.

Narjara lembra que era comum ele voltar sujo de terra, porque era deixado no jardim enquanto outras crianças assistiam à aula. O menino chegou uma vez com o rosto arranhado na altura das orelhas, outra com hematomas nos braços e até picado por formigas. “Eu perguntava à ‘tia’ o que estava acontecendo e ela dizia que tinha sido brincadeira de criança. Frisava que meu filho era diferente dos outros. Não sabia o que era autismo e o tratava assim”, lembra Narjara.

Foi uma coleguinha de classe quem revelou que a professora o forçava a sentar, puxava as orelhas, o castigava. “Foi um choque. Não levei o caso à justiça porque não queria expô-lo mais”. O abandono e a negligência já na primeira experiência de interação social geraram um bloqueio para atividades de desenhar e escrever.

Na busca por outra instituição,  enfrentou uma seqüência de “nãos”. Em uma escola, a lista de material chegou a ser tirada das mãos da mãe, após mencionar a necessidade do filho.  Há três anos, Iago está matriculado em escola, em Macaíba, para onde a família precisou se mudar, e tem aulas com horário reduzido e somente três vezes na semana, na turma de 2º ano do ensino fundamental. Com acompanhamento psicológico paralelo, a interação e comunicação de Iago, que se mostrou bem receptivo à câmera fotográfica, apresentam melhoras.

A educação inclusiva, de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), busca permitir a estudantes com qualquer tipo de deficiência, física ou mental, o convívio com demais alunos nas escolas de ensino regular, sem qualquer tipo de discriminação.  “O projeto de inclusão é muito bonito no papel, mas não funciona. Na verdade nem o Estado, nem a rede privada estão capacitados, conhecem e podem oferecer o que o autista precisa”, conclui Narjara Pessoa.

Apesar do avanço em políticas públicas, disse a assistente social Cristina Villani, mãe de Hítalo Bolivar, 25, também autista, os obstáculos de hoje se assemelham aos encontrados na infância do filho. “Ainda há muito desinformação, despreparo e preconceito”.  Para assegurar a educação de Hítalo, a família era forçada a pagar 50% a mais na mensalidade para que ele ficasse em sala de aula ou “vagando pelos corredores”. A prática de cobrar mais caro ou obrigar os pais a custear um profissional de apoio ainda existe em algumas instituições, revela a vice-diretora da Associação de Pais e Amigos dos Autistas no Rio Grande do Norte (APAARN).

As aulas de Wildson Miguel, nove anos, aluno do 3º ano da Escola Estadual Maria Elizabeth Araújo, em Nova Natal, começaram há uma semana. A aceitação por parte de professores e estudantes, segundo a mãe Maria das Dores Palmeira da Cunha, 45, é fundamental para a socialização do menino. Apesar da escolaridade ser de competência do município, a mãe só encontrou vaga na rede estadual e o matriculou desde outubro do ano passado, período em que a Secretaria Estadual de Educação realiza o censo em educação especial, para o ano seguinte. Ela alega que ainda é cedo para avaliar se a metodologia atende as necessidades do autismo. “Mas a vaga esse ano foi mais fácil”, avalia Maria das Dores.

“Incluir não é só oferecer vaga”

Educar e integrar é a missão da educação inclusiva. Mas o entendimento parece ficar pela metade. Em geral, avalia a doutora em educação especial e professora do Departamento de Educação da UFRN Débora Nunes, o conceito se prende à oferta de vagas em escolas regulares, mas não garante a permanência do aluno autista em sala de aula.

Nos trabalhos de pesquisas que a professora acompanha, há relatos de alunos portadores de autismo que estão matriculados, mas não são inseridos nas avaliações e conteúdos repassados aos demais alunos e passam o tempo desenhando flores e casinhas no caderno. O potencial a ser trabalhado e explorado, no caso, acaba encoberto por uma atitude paternalista de aceitação e despreparo. “Ele está incluído na sala de aula, mas não acadêmica e socialmente”, ressalta.

A inclusão do autista em turmas com crianças ditas normais permite a construção de modelos de comportamento e relações. Débora Nunes ressalta que a inclusão deve ainda quebrar o preconceito e assim evitar o bullyng. “Alguns estudos mostram que quando se sensibiliza e desmitifica o que é o autismo ou outra deficiência, não somente aos educadores, como também para alunos e pais da turma que está inserido, o acolhimento é maior  e os resultados mais positivos”, analisa Débora Nunes.

O problema não é restrito à qualidade na formação do professor, mas ao formato do ensino. O atual modelo aporta somente os autistas nos primeiros anos dos ensinos infantil e médio, com repertório melhor e com baixo comprometimento cognitivo.  Em casos mais crônicos e pela complexidade da estrutura dos níveis mais altos de ensino, os autistas ainda ficam de fora.

Para funcionar, explica a especialista, o modelo deve seguir um plano individual de educação - mesmo que aplicado em ambiente coletivo  - que valorize as habilidades cognitivas e funcionais de cada aluno. O trabalho demanda a partilha de competências  entre professores, terapeutas ocupacionais, psicólogos e fonoaudiólogos, além da participação dos pais e familiares no sentido de apontar preferências e potencialidades do estudante e uso de técnicas e instrumentos, como a prancha de comunicação.

APOIO

Em Natal, familiares e amigos encontram apoio, assistência e informação sobre o autismo junto à  Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Rio Grande do Norte (APAARN). Criada em 1996, oferece atendimento  em psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia, além de atividades esportivas e oficinas de artes, que priorizam a socialização.

A APPARN está localizada na Rua Nilo Ramalho, 1724, Tirol, próximo a Unicat. Telefone: 3211-8354.

Dever da escola é receber todo aluno especial

O subcoordenador de educação especial da Secretaria Estadual de Educação Joiran Medeiros, admite haver dificuldades para a inclusão, de fato, se concretizar, apesar das escolas estarem abertas a receber portadores de necessidades educacionais especiais. Orçamento reduzido para adequação de espaços e aquisição de equipamentos,  falta de intersetorialidade com atendimento multidisciplinar e sobretudo, a postura do educador são, segundo Medeiros, os grandes entraves para efetivação das diretrizes do MEC.  “O discurso de não estar preparado é uma falácia preconceituosa, que infelizmente ainda existe”, enfatiza Medeiros.

Segundo censo de 2010, foram matriculados 10.672 alunos com deficiência em todo Estado. Cerca de 80% em  escolas regulares, no sistema de inclusão, a maior parte nos primeiros anos da educação infantil e ensino fundamental. “Não há adaptação curricular e todos os alunos recebem o mesmo tratamento. A Assistência de Educação Especial (AEE) deixou de ser um modelo substitutivo, para ser complementar e suplementar em toda escola”, observa Medeiros.

 A capacitação dos professores é feita por cursos presenciais e no formato à distância, por meio de parceria com o MEC e universidades, sobre tipos de deficiência e tecnologias assistivas. “A capacitação ainda é insuficiente, mas está em processo para expansão”, reconhece o subcoordenador, que não soube informar quantos receberam a formação. Não há psicólogos educacionais no quadro de funcionários da Secretaria. O apoio aos professores é feito por meio do Programa de Assistência Itinerante, com profissionais que visitam as escolas – 120 em Natal - a cada cada 15 dias, para atender alunos, orientar professores e pais.

O que é autismo?

O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento, que se manifesta em dificuldades de interação, comunicação e imaginação. Apesar das causas ainda serem desconhecidas, hoje é possível saber se uma criança de 3 meses sofre de autismo.

O diagnóstico é feito por meio de testes de comportamento e questionários respondidos pelos pais. Quanto antes iniciado o tratamento, melhores são os prognósticos. “A falta de conhecimento dificulta o diagnóstico, que muitas vezes é feito pela mãe que percebe as limitações, procura informação e identifica o problema”, afirma a  a psicóloga Claudia Regina Leite Cavalcante.

Alguns sinais podem indicar que a criança é portadora da síndrome. São crianças que não olham no rosto, focam a visão em um ponto. Não interagem. Apesar de saberem e poderem falar, se fazem de  mudas. Não aceitam o toque e são altamente seletivas. Podem ainda apresentar esteriotipismos, como balançar as mãos ou corpo, repetir o que ouvem, apresentar dificuldade de concentração, agressividade e hiperativismo.

Por ser bastante visual, avalia Claudia Cavalcante, a comunicação e o aprendizado devem se valer de imagens associativas. Outro ponto é a construção de rotinas.

bate-papo: Rebecca Nunes  » Centro de Apoio às Promotorias

O que diz a lei sobre a obrigação da escola em receber os alunos com necessidades especiais?

Pela Constituição Federal, a educação é um direito de todos,  independente das características das crianças e dos adolescentes.  A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência afirma o reconhecimento do direito das pessoas com deficiência à educação e, para efetivação deste direito, deve ser assegurado “sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida”. Estabelece ainda a obrigação de se assegurar a não exclusão do sistema educacional geral, em escolas pública e privadas, sob a alegação de deficiência.

Em caso de falta de vagas ou recusa em aceitar o aluno, qual orientação aos pais? A quem recorrer?

Deve se observar se após a solicitação da vaga para o aluno com deficiência foi matriculado outro aluno sem deficiência para a mesma classe e turno.  Nesse caso, ou em caso de recusa da escola em aceitar o aluno por motivo da sua deficiência, é importante procurar o Conselho Tutelar, em se tratando de criança ou adolescente com deficiência, ou  diretamente o Ministério Público.

A escola e os professores são passíveis de alguma penalidade/punição?

Sim.  A recusa, suspensão, procrastinação, o cancelamento ou o ato de fazer cessar a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que o interessado possui, pode configurar o crime previsto na Lei nº 7.853/89, punível de reclusão de um a quatro anos e multa.

A escola pode, após matricular o aluno e as aulas serem iniciadas, orientar que fique em casa até se estruturar e receber professores de apoio?

Não é justificativa recusar o aluno com deficiência ou com transtorno global de desenvolvimento pelo fato da escola não se sentir preparada para recebê-lo. A escola deve apresentar uma alternativa, sem que isso implique no afastamento do estabelecimento de ensino. A escola tem a obrigação de oferecer o profissional de apoio. O financiamento dos serviços de apoio a estes devem integrar os custos gerais com o desenvolvimento do ensino e não deverá ser transferido às famílias, por meio de cobrança de taxas ou qualquer outra forma de repasse da referida atribuição.

Qual o número de denúncias desse tipo, junto ao Ministério Público?

Nos últimos tempos temos recebido mais denúncias e reclamações sobre problemas ocorridos em escolas envolvendo a educação de crianças e adolescentes com deficiência. Acredito que este seja um sinal de que aquelas estão efetivamente chegando às escolas. A sociedade não pode mais esperar que as escolas se sintam preparadas para, então, começarem a receber alunos com deficiência. Elas têm a obrigação de receber os referidos alunos e de lhes ofertar todo o apoio necessário para que possam aprender e se desenvolver. É isto que garante a nossa Constituição Federal.



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EDIÇÃO EXTRA
Editor Responsável - Dr. Jorge Márcio Pereira de Andrade - CREMESP 103282

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A educação infantil frente aos desafios colocados pela extensão do ensino fundamental para nove anos

Mesa Redonda
A educação infantil frente aos desafios colocados pela extensão do ensino fundamental para nove anos

que contará com as professoras convidadas:
Maria Malta Campos, Lisete Gomes Arelaro e Mônica Appezzato Pinazza 

12 de maio de 2011
das 17h30 às 19h30
Local:
Auditório da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo - Cidade Universitária

Evento aberto e gratuito, sem necessidade de inscrição prévia.

Fonte: site do MIEIB

quinta-feira, 14 de abril de 2011

DIA DA LITERATURA INFANTIL

DIA DA LITERATURA INFANTIL O legado de Monteiro Lobato

Monteiro Lobato, o pioneiro da literatura infantil brasileira
No próximo dia 18, comemora-se o Dia Nacional da Literatura Infantil, data escolhida por ser aniversário do maior autor brasileiro de livros infantis, Monteiro Lobato.
Consulte especial sobre o escritor.

Fonte: Site www.novaescola.org.br

Entidades da Sociedade Civil Organizada, Abrigos e Creches farão ato em defesa de Crianças e Adolescentes de Salvador nesta segunda, 18/04, às 9h, em frente ao Ministério Público Estadual, no bairro de Nazaré.

O protesto é fundamentado pela situação insustentável que se encontra a Rede de Proteção a Crianças e Adolescentes de Salvador, especialmente nos serviços que são municipalizados.
 
Em reunião, as entidades elegeram quatro eixos centrais e prioridades na pauta que será cobrada do Município com apoio de órgãos integrantes do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes que são: Racismo Institucional como principal causa da negligência, omissão e crimes perpetrados contra a infância e juventude; Contigenciamento dos recursos da fonte do Tesouro no FMDCA e a burocracia para repasse dos recursos captados através de doações; Diagnóstico da Situação de Crianças e Adolescentes do Municipio, cujos recursos foram captados desde 2008; Estruturas do Consleho Municipal dos Direitos de CRianças e Adolescentes e dos Conselhos Tutelares que estão deficitárias e caóticas como forma de prejudicar o trabalho destes Conselhos.
 
As entidades prometem levar cartazes, informações sobre a situação de cada segmento e entregar ao Ministério Público Estadual solicitação de apoio, além de desagravo a este Órgão pelas últimas ações que não são "alardes" de suas Promotoras Públicas.
 
Participe! Divulgue!  

FONTE: Secretaria Executiva do MIEIB

terça-feira, 12 de abril de 2011

11/04/2011 - Câmara divulga lista dos integrantes da Comissão Especial que vai tratar do PNE

TITULARES

Angelo Vanhoni PT/PR     
Emiliano José PT/BA     
Fátima Bezerra PT/RN     
Newton Lima PT/SP
Gastão Vieira PMDB/MA     
Lelo Coimbra PMDB/ES    
Raul Henry PMDB/PE     
Renan Filho PMDB/AL     
Teresa Surita PMDB/RR  
Eduardo Barbosa PSDB/MG    
Nelson Marchezan Junior PSDB/RS
Rogério Marinho PSDB/RN
José Linhares PP/CE     
Waldir Maranhão PP/MA
Nice Lobão DEM/MA
Professora Dorinha Seabra Rezende DEM/TO
Izalci PR/DF
Neilton Mulim PR/RJ
Ariosto Holanda PSB/CE
Gabriel Chalita PSB/SP
Paulo Rubem Santiago PDT/PE
Antônio Roberto PV/MG
Alex Canziani PTB/PR
Hugo Leal PSC/RJ
Alice Portugal PCdoB/BA
Márcio Marinho PRB/BA 


SUPLENTES

Alessandro Molon PT/RJ
Antônio Carlos Biffi PT/MS
Artur Bruno PT/CE
Dr. Rosinha PT/PR
Gilmar Machado PT/MG
Joaquim Beltrão PMDB/AL
Luciano Moreira PMDB/MA
Osmar Serraglio PMDB/PR
Pedro Chaves PMDB/GO
Professor Setimo PMDB/MA
Jorginho Mello PSDB/SC
Mara Gabrilli PSDB/SP
Raimundo Gomes de Matos PSDB/CE
Esperidião Amin PP/SC
Iracema Portella PP/PI
Marcos Montes DEM/MG
Onyx Lorenzoni DEM/RS
Paulo Freire PR/SP
Dr. Ubiali PSB/SP
Brizola Neto PDT/RJ
Stepan Nercessian PPS/R
Paes Landim PTB/PI
Andre Moura PSC/SE
Chico Lopes PCdoB/CE
Ivan Valente PSOL/SP

Fonte: Undime Nacional.

Site do MIEIB

11/04/2011 - Semana de Ação Mundial 2011




SAM 2011 – Informe 3 – 04/04/2011

SEMANA DE AÇÃO MUNDIAL 2011 – 02 a 08 de Maio
“Diferenças sim! Desigualdades Não! Por uma educação livre de discriminações”
Caras e caros companheiras/os de todo o Brasil,
Está chegando mais uma Semana de Ação Mundial! Gostaríamos de relembrar que a data de realização da SAM foi alterada para acontecer entre os dias 02 e 08 de Maio, de forma a acompanhar o calendário da Semana em todo o mundo.
Estamos trabalhando a todo vapor na produção de materiais para que a SAM aconteça de maneira dinâmica e plural. Assim como em outros anos, planejamos enviar-lhes o kit básico (folder, cartaz e manual de orientações) conjuntamente com outros materiais fornecidos pelos nossos parceiros e parceiras. E para que não haja problemas na logística de envio dos materiais, solicitamos que nos responda esta mensagem, até sexta-feira, dia 8 de abril, informando:
1)    O número aproximado de folder, cartaz e manual de orientação necessários para uma ótima mobilização e realização da(s) atividade(s) da SAM em seu local;
2)    A descrição, mais detalhada possível, da atividade que você, seu grupo, escola, comunidade ou organização está planejando: expectativa quanto ao número de participantes, local de realização, pessoas/organizações envolvidas, dinâmica da atividade, etc.; 
3)    O endereço completo e nome da pessoa de contato para recebimento dos materiais. Por favor, não se esqueçam da cidade/UF e CEP.
E se ainda restam dúvidas?
Para saber como participar da Semana, receber materiais ou se tornar um ponto de referência no seu Estado, no seu município ou em sua comunidade fale conosco. Dê sua sugestão, tire suas dúvidas, discuta suas idéias com a gente. Entre em contato com a Campanha e falem com Ludmila de Carvalho.
Tel. (11) 3159-1243 (fixo Embratel)
Celular: (11) 8793-7711 (Tim)
Skype: campanhaeducacaobrasil 
*Saiba mais: click aqui e confira o Informe anterior da SAM

Fonte: Site do MIEIB - www.mieib.org.br